domingo, 22 de setembro de 2013

Revista "exame" e a T e l e x F R E E ! ! !


A TelexFREE é acusada pelo Ministério Público de praticar pirâmide financeira. Isto é, de sustentar seu negócio não pela venda de produtos - que ela alega serem os pacotes de telefonia via internet (VoIP) - mas pelo pagamento por novos associados de taxas que remuneram quem os trouxe para a empresa. O caso Telexfree é de uma pirâmide clássica, classificada como estelionato no Código Penal.
Há três hipóteses para veículos que a defendem: desinformação; conhecidos que caíram no golpe e precisam recuperar dinheiro; ou suborno. Sabendo-se que a empresa pode ter arrecadado mais de R$ 1 bi com o golpe, e que recorre a toda sorte de manipulações.
A revista Exame, da Editora Abril, tenta legitimar o golpe, tratando-o como uma atividade comercial convencional. Na matéria publicada no site, a revista analisa a recuperação judicial solicitada pela Telexfree como suficiente para permitir a ela retomar as operações.
Não é nada banal. Trata-se da, até agora, mais reputada revista brasileira de negócios. Não pode alegar desconhecimento do tema, ainda mais depois de ter sofrido críticas em matérias anteriores, do mesmo naipe.
As atuais matérias favoráveis à Telexfree têm poucos e trágicos antecedentes na chamada velha imprensa. Como matérias encomendadas por bingos ou, no máximo, contratos para não publicar denúncias.
O que a TelexFREE tem a ganhar com a recuperação judicial
Com as atividades travadas há 3 meses pela Justiça do Acre - o que não tem data para ter fim - a empresa abre agora uma janela que pode fazê-la voltar a funcionar

Marco Prates, de
Wilson Dias/ABr

Funcionários da TelexFREE pedem desbloqueio dos bens: depois de perder mais de 10 recursos no TJ-AC, no STJ e até no STF, empresa quer voltar a atuar com as restrições da recuperação judicial.

Pode parecer estranho comemorar um pedido de recuperação judicial – recurso usado para tentar salvar empresas que estão no fundo do poço - mas o otimismo presenciado nesta sexta-feira no pronunciamento do sócio da TelexFREE, Carlos Costa, mostra o que a companhia quer com a medida: desbloquear os próprios bens e voltar a funcionar.
O pedido de recuperação judicial da TelexFREE chegou à Vara de Recuperação e Falência de Vitória (ES) na última quinta-feira. Agora, o juiz responsável irá decidir se o aceita ou não. Como decisões do tipo costumam ser rápidas, é possível que a resposta pode sair já na próxima semana.
Nesse caso, a TelexFREE terá 60 dias para elaborar um plano para pagar suas dívidas aos credores.

No pronunciamento que fez nesta sexta, Carlos Costa (um dos diretores da empresa) não explicou qual o tamanho destes débitos, nem mencionou exatamente quais seriam os credores. Independentemente de quem sejam – bancos, a Receita Federal, ou fornecedores diversos - eles terão 30 dias, após o prazo da TelexFREE, para dizer se aceitam ou não o que ela sugerir.


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