sábado, 7 de setembro de 2013

Hoje, a independência que construímos !!!

A INDEPENDÊNCIA QUE CONSTRUÍMOS

Delúbio Soares (*)

A independência de nosso país é luta diária e incessante, é fruto do trabalho de todos os brasileiros, não sendo presente ou outorga de poder algum. Ela tem sido conquistada ao longo de nossa história por movimentos cívicos inesquecíveis, que deixaram marcas indeléveis em nossa história e que crescem e se agigantam com o passar dos tempos.
Nossa independência é fruto do que – muito antes do 7 de setembro de 1822 – os Inconfidentes de Vila Rica, com Tiradentes à frente, sonharam. Ela é obra dos Confederados do Equador, dos destemidos Emboadas, dos Cabanos no Pará, dos baianos no memorável 2 de julho, dos Abolicionistas contra a chaga da escravidão, dos Pracinhas da FEB defendendo a liberdade nos campos da Itália, dos que se levantaram contra a ditadura militar de 64 e perderam a liberdade ou mesmo suas vidas, dos milhões que foram às ruas pelas diretas e forçaram o fim do regime de arbítrio, dos que elegeram o primeiro operário para a presidência do Brasil e dos que continuaram seu revolucionário governo levando uma mulher ao Palácio do Planalto.
  Nossa independência não são apenas as tropas militares que desfilam garbosas nas avenidas do país na data comemorativa. Ela está refletida de forma humana e imaculada nos 40 milhões de irmãos nossos que deixaram a pobreza e se tornaram mais cidadãos. Nossa independência são os filhos dos pobres, são os negros, são os indígenas, são os que encontraram escancaradas as portas das universidades, antes reservadas à elite, através do vitorioso Pro-Uni. Somos um país mais independente quando dezenas de milhões de brasileiros comem. Comemoramos com mais razão o 7 de setembro quando a saúde – e não importa de onde ela venha, através de médicos brasileiros, cubanos ou de que nacionalidade seja – bate a porta dos que dela carecem.  
Que importa o sacrifício pessoal ou a perseguição política, se a missão foi cumprida? Derrotados não foram os que sonharam e lutaram, e transformaram ideais em realidade. Derrotados são os que os perseguem, escravizados pelo ódio e sedentos de vingança. Perderam a batalha quando se colocaram ao lado de um país arcaico e injusto. Agora, também, perdem o trem da história. O Brasil melhor, mais solidário e rico, o país onde os pobres trabalham, frequentam as universidades, comem mais e melhor, compram casas e viajam de avião, esse Brasil lhes é profundamente afrontoso. Porém, ele é o país definitivo, o que não retrocederá em um milímetro sequer, o que conseguimos construir com Lula e consolidar com Dilma.
Qual o Brasil independente? O que herdamos em 2003, após os longos e improdutivos anos de Fernando Henrique Cardoso? Ou o que acumula impressionantes avanços sociais e econômicos?
 Discursos e argumentos, por mais transparentes e honestos, jamais conseguirão demonstrar a realidade com a mesma força que a comparação numérica e factual de dois Brasis, o do passado e o de hoje (e do futuro) através de números que falam por si. No aspecto econômico nos tornamos a sexta economia mundial, recuperando-nos de três quebras sucessivas ao longo de oito anos do governo do PSDB. O PIB, em dez anos de governo do PT e partidos aliados, saltou de US$ 500 bilhões para US$ 2,6 trilhões; e o PIB per capita foi multiplicado de US$ 2,8 mil para US$ 13,3 mil. Em 2002 fabricávamos 1,8 milhão de automóveis anualmente, hoje fabricamos 3,4 milhões. A safra de grãos saltou de 96,8 milhões de toneladas para impressionantes 187 milhões em 2013, segundo estimativas ainda conservadoras. A inflação caiu de 12,5% no último ano de FHC, para 4,7% em 2012, enquanto os investidores estrangeiros passaram a acreditar mais no Brasil de Lula e Dilma no que no do tucano: US$ 70 bilhões investidos na economia brasileira em 2012 contra apenas US$ 16 billhões em 2002. O desemprego despencou de 12,9% (FHC) para 4,7% (Dilma), e o salário mínimo saltou de R$ 200,00 para R$ 678,00.
 No plano social, os avanços foram extremamente expressivos. São 40 milhões de brasileiras e brasileiros, que deixaram a pobreza e ingressaram na classe média, explicitando um indicador importante: ainda temos 12,8% de nossa população vivendo na pobreza, mas eram 26,7% da população nos anos infames do neoliberalismo. A classe média não era mais do que 37% em 2002, contra 50% nos dias de hoje. As matrículas no ensino profissionalizante passaram de 565 mil em 2002 para quase 1 milhão em 2012. Os estudantes de mestrado e doutorado dispunham de 35 mil bolsas de estudos no último ano do governo do “Príncipe dos Sociólogos”. Ao final do governo do operário Lula essas bolsas chegaram a impressionantes 100 mil! E os que realizaram o doutorado, passaram de pouco mais de 6 mil para mais de 13 mil brasileiros. O crescimento do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) foi de tal forma relevante que expectativa de vida do brasileiro aumenta cerca de quatro meses a cada ano, igualando-se a média dos países mais desenvolvidos do hemisfério norte.
E há outros dados da maior importância para a soberania nacional e a independência de nosso país. Como, por exemplo, a queda da dívida externa de US$ 165 bilhões para US$ 79 bilhões. Ou a espetacular multiplicação por dez vezes de nossas reservas internacionais: US$ 36 bilhões ontem, US$ 360 bilhões hoje. Ou o salto em nossas exportações: US$ 60 bilhões em 2002 contra os US$ 256 bilhões em valores de 2011. E há outros indicadores que sustentam a certeza de que vivemos um país bastante melhor do que o que recebemos no difícil ano de 2003, o primeiro do governo do presidente Lula.
O país que legaremos às futuras gerações e que oferecemos aos de agora não é o país da mídia detratora ou da oposição impenitente e sistemática. O Brasil justo, democrático e livre, cuja Independência se reafirma a cada dia, é o da realidade expressa em fatos e números insofismáveis, irrespondíveis e muito bem-vindos.
(*) Delúbio Soares é professor

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